Criando espaços para uma vida mais leve e conectada
Somos moldados não por grandes atos isolados,
mas pelas pequenas coisas que fazemos todos os dias. Nossos hábitos
diários são os verdadeiros construtores de quem nos tornamos. Todos os dias, nas
pequenas coisas, vamos transformando a pessoa que somos na pessoa que seremos.
A chave, no entanto, não está apenas na
repetição, mas na presença e na consciência dessas pequenas atitudes. Já
parou para se perguntar:
Quais
são os hábitos executo diariamente?
Em que
momentos consigo percebê-los?
Quais
deles precisam ser abandonados?
Tenho
clareza do que me prejudica ou me afasta dos meus objetivos?
E,
talvez a pergunta mais importante: quais pequenos hábitos eu preciso me
permitir desenvolver?
Sim, alma corajosa, existem ações que nutrem
nossa alma e impulsionam nosso crescimento, mas que, por algum motivo, não nos
damos a liberdade de incorporar em nossa rotina. Permita-se, pouco a pouco,
trazer essas transformações para sua vida e para seu ambiente.
Um “insight” sobre auto permissão
Esses dias, enquanto regava minhas plantas, tive
um insight profundo sobre essa tal permissão. Eu, que adoro plantas, logo que
montei meu escritório, trouxe algumas para decorar o espaço. Mas não demorou
muito para eu me deparar com uma outra realidade:
Chegava ao escritório com mil coisas a fazer,
buscando otimizar cada segundo, pois meu tempo era limitado ao período em que
meus filhos estavam na escola. Essa agitação interna, essa pressão para
"resolver tudo", me levava a focar no computador, nos e-mails, nas tarefas,
e as plantinhas... ah, as plantinhas ficavam para depois. "Não dá tempo de
regar agora! Amanhã eu...”
Infelizmente, perdi algumas delas.
Essa experiência me trouxe uma reflexão
profunda:
“Por que eu estava negligenciando algo que “euzinha”
escolhi ter?
Algo que eu gosto, que deixa meu ambiente mais
agradável e que claro: exige atenção, cuidado e o tão precioso tempo!
(aqui já dá pra abrir mais uma janela de
conversa, mas vou me conter!)
Porque que tem uma parte em mim tão agitada
que não me permite “parar”?
Me proíbe, diz que “não dá, agora não dá! Agora
você tem que aproveitar o tempo, agora você não pode, agora você tem
que fazer... e entregar isso...”
Porque, porque eu não me permito... ?
Abrindo espaço
A partir dessa consciência, comecei a me
permitir pausar, comecei a dedicar tempo ao que nutre a minha alma.
Pouco a pouco, abri espaço para regar, para
trocar a terra, replantar...
(Parece um absurdo, né? Mas tive que me
permitir pausar para isso!)
Hoje, minha varanda do escritório está florida,
minhas plantas viçosas e bonitas. E a alegria que sinto ao vê-las, reflete uma
permissão que se expandiu em mim.
Precisamos nos dar essa licença! Desenvolver essa
auto permissão para fazer aquilo que nos nutre e contribui para o nosso crescimento
interno.
Não importa o que seja. Pode ser:
Um
momento para ler:
Aquele livro que você quer começar (ou terminar).
Uma
pausa para um chá:
Sem pressa, apenas apreciando o momento.
Um breve
alongamento ou uma massagem: Para aliviar as tensões do corpo e perceber que sim, você tem um
corpo.
Cinco
minutos de meditação:
Lembro-me do desafio de inserir a meditação na rotina. Como assim parar
por 5, 10 minutos com tanta coisa a fazer? Mas descobri que esses pequenos
intervalos acalmam a mente e tornam a hora seguinte muito mais produtiva,
organizada e focada. Mas isso é tema para outro episódio!
Esses pequenos atos não são grandiosos, mas
iniciam uma liberdade interna que transforma. Uma gentileza consigo mesma. Não
é uma gentileza que vem de fora, mas uma que nasce de dentro, cultivada pela
auto permissão.
Neste meu exemplo, as plantas modificaram o
meu ambiente de trabalho, mas existem inúmeros outros pequenos hábitos que a
gente precisa identificar, reconhecer e se permitir para que eles possam
contribuir para que sejamos seres melhores.
Sendo seres melhores, afetaremos nosso ambiente
e nossas relações.
As grandes mudanças começam com nossas
pequenas escolhas!
Cultive a gentileza. Comece sendo gentil com
você mesma.
O que você gostaria de fazer por você? Abra um
pequeno espaço para isso e permita-se!
O convite para a leveza
Eu espero que você (e eu também), possa(mos)
abrir mais espaços na vida.
Mudar pequenos hábitos que não nos servem
mais, criar outros que tragam leveza, conexão e coragem que para desafiar esse
nosso ego tão cheio de razões e resistências.
Se sentir a vontade, me diz: qual pequeno
hábito você vai se permitir cultivar esta semana?
Descubra o que te move, alma corajosa e sim, escolha
nutrir seu mundo interno para florir também no mundo externo.