Foi quando te disseram que você era sensível demais? E você
acreditou!
Ou talvez tenha sido aos poucos, sem perceber, você foi
silenciando sua voz interior em nome da lógica, do bom senso, do que todo
mundo espera de você?
Quantas vezes você já soube a resposta, antes
mesmo de ter uma pergunta completa? Quantas vezes você sentiu um desconforto no
corpo que você tentou ignorar, com explicações, justificativas, e mesmo assim,
algo lá dentro dizia, não vai por aí, e... você foi.
E o que aconteceu depois? A gente já sabe.
Hoje, eu quero te convidar a se reconectar com
uma parte que talvez esteja aí dentro, adormecida - não perdida, só ignorada: a
sua intuição.
O medo se disfarça de prudência, de
responsabilidade, de maturidade.
A intuição traz uma certeza interna tão
intensa sobre algo, mas que na maioria das vezes deixa nosso lado racional
(ego) abismado, incrédulo e até “surtado” com a possibilidade de seguir adiante
com essa “ideia”, normalmente rotulada de “absurda” ou “impossível”.
Em linhas gerais,
o medo paralisa, a intuição te orienta.
O medo grita: “vai dar errado”, a intuição sussurra: “esse não é
o caminho”.
O medo te prende no passado, a intuição te empurra para o futuro.
Mas para ouvir a intuição, você precisa de
silêncio e,
a alma não fala no meio do barulho.
E quem vive no automático, nunca encontra esse
silêncio, só ruído, tumulto, pressão, exigência do ego de “ter que fazer tudo
certo, sempre”.
Eu mesma já fiz escolhas “certinhas”, no
papel, nas planilhas, e nesses lugares, fazia todo sentido. Mas na implantação:
a vida simplesmente surpreende e acontece!
Outras vezes, todo mundo dizia: “vai, é
uma oportunidade incrível”, mas lá dentro da minha alma tinha uma inquietação,
algo que eu não conseguia explicar e eu ignorei.
Fiz o que era esperado e paguei o preço alto
por isso.
Você já viveu algo assim?
Já escolheu com a cabeça, mas traiu seu
coração?
A intuição não é mística, é uma conexão feita
de sinais sutis – por isso a necessidade de estar atento. Por isso a
necessidade de conhecer este lugar de silencio interno.
O problema é que a gente aprendeu a desconfiar
de si. A ignorar ou justificar sintomas.
A confiar mais nos inúmeros rótulos de
diagnósticos, no conselho do outro do que na própria sensação.
Seguimos fórmulas e metodologias, em vez de
trilhar nosso próprio caminho.
Calar o sussurro, obedecer a um grito e aí a
gente vai se distanciando, sutilmente, perigosamente de nós mesmos.
Eu não quero dizer que a gente não tenha que
olhar para as planilhas, processos, sintomas, etc. Só estou te convidando a
fazer uma pausa para analisar e escutar TAMBÉM você!
Que tal começar hoje com um gesto simples?
Fecha seus olhos, coloca a mão no peito,
respira fundo e se pergunte internamente:
o que é verdade pra mim agora?
Atenção: Não é o que é melhor para o meu
futuro! É agora, só neste pequeno espaço de tempo!
Esquece o certo, esquece o
esperado, o perfeito. Só pergunta: o que é verdade pra mim agora?
E aguarda... pode ser que venha um silêncio,
pode ser que venham muitas críticas e mais barulho, pode ser que venha um choro
e tudo isso está bem.
A sua intuição não foi embora, ela só estava
esperando um espaço, a sua presença. Seja gentil com você e escute o que há aí
dentro desta alma corajosa querendo se manifestar.
A gente sempre pode voltar pra dentro de nós
mesmos.
E se você me perguntar qual é a parte mais
importante do meu trabalho, eu vou te dizer: é acompanhar as pessoas no caminho
de volta pra casa, pra dentro delas mesmas para que possam seguir seus passos,
corajosamente!
Se precisar de companhia neste caminho, eu
posso te ajudar alma corajosa!